domingo, 15 de fevereiro de 2009

Os melhores da Marvel em 2008


Surfista Prateado - Réquiem (Panini) - O Surfista Prateado está prestes a morrer e vem à Terra em busca de uma ajuda que não virá. Diante do fim inevitável, o ex-arauto de Galactus percorre nosso planeta antes de encontrar seu fim. Pelas palavras acima, tinha tudo para ser mais uma HQ fajuta de morte de super-heróis, mas J. Michael Straczynski construiu uma trama emocionante, bonita até - especialmente na participação do Homem-Aranha. E sua missão foi ajudada pelos competentes desenhos de Esad Ribic. Uma leitura bastante agradável, desde que se tenha em mente que morte de super-herói sempre é reversível ou acontece "fora da cronologia".


Justiceiro - Bem-vindo de volta, Frank (Panini) - Frank Castle vinha sofrendo nas mãos de roteiristas pífios até que Garth Ennis assumiu suas histórias e deu um novo ânimo à sua carreira de combate, ou melhor, de extermínio ao crime. E como os desenhos ficaram sob a batuta de Steve Dillon, velho parceiro de Ennis em Preacher, o resultado não poderia ser outro: sangue jorrando pelas páginas e o Justiceiro de volta ao que faz melhor. Ninguém quer histórias "cabeça" dele; o leitor quer é vmatriarca Mama Gnucci.ê-lo fazendo justiça com as próprias mãos. Azar da família de mafiosos chefiada pela matriarca Mama Gnucci.

Biblioteca Histórica Marvel - O Surfista Prateado # 1 (Panini) - As primeiras histórias do ex-arauto de Galactus não são novidade nem mesmo em compilação, já que a Mythos já as havia publicado em Surfista Prateado - Edição Histórica. Mas desta vez elas ganharam um acabamento luxuoso, digno do tom clássico que as HQs Stan Lee e John Buscema inspiram. Mas cabe um puxão de orelhas na Panini, pois comparando o álbum com o volume da Mythos é fácil notar que foi utilizado o mesmo texto - até as notas editoriais são iguais.


Biblioteca Histórica - Capitão América # 1 (Panini) - Para os fãs veteranos, é quase impossível ler este belo álbum sem cantarolar mentalmente "Quando o Capitão América lança o seu escudo...", o tema de seu desenho (des)animado dos anos 1960. E, apesar de as histórias serem datadas, é um grande barato acompanhar o Sentinela da Liberdade (tão castigado na minissérie recente Guerra Civil) sendo resgatado pelos Vingadores após passar duas décadas em animação suspensa dentro do gelo. A adaptação de Steve Rogers aos dias atuais é inesquecível, bem como o combate contra os Hibernantes. Cortesia de Stan Lee (texto) e Jack Kirby (arte).


Surpreendentes X-Men # 1 (Panini) - Joss Whedon, criador das séries de TV Buffy, a Caça-Vampiros e Angel, fez os entusiastas de X-Men lembrarem que os personagens ainda podem histórias marcantes. O roteiro fisga tanto fãs veteranos quanto leitores novos de maneira simples, com muita pancadaria, humor, clichês bem trabalhados e momentos emocionantes, como o reencontro de Colossus e Kitty Pride. E com a arte fantástica de John Cassaday. Não é um clássico, mas para quem acompanha os títulos "X" mensalmente, Surpreendentes X-Men, é um alívio e tanto .


Os Novos Vingadores (Panini) - Eis uma revista que manteve um mix equilibrado durante o ano. A volta de Thor, pelas mãos do escritor J. Michael Straczynski, foi o grande destaque em 2008. Além disso, o título que nomeia a publicação passou por bons momentos, sempre criados pelo competente, porém verborrágico, Brian Bendis. E houve o Capitão América de Ed Brubaker, que, gostem ou não os fãs mais radicais, é bem escrito. E foi na edição # 49 de Os Novos Vingadores que os leitores brasileiros puderam conferir a morte do Sentinela da Liberdade, que foi notícia em todo o mundo, inclusive em veículos de imprensa que raramente divulgar quadrinhos.

Marvel Action (Panini) - Se Marvel Action fosse um time de futebol, o Demolidor, escrito por Ed Brubaker e desenhado por Michael Lark e Stefano Gaudiano, com certeza seria o craque. Continua dando gosto ler a série. Assim como já foi na "temporada" passada. Entretanto, em 2008 teve outro bom jogador para "compor o meio de campo": o Justiceiro, de Matt Fraction (texto) e Ariel Olivetti (arte), apesar daquela patacoada de Frank Castle com uniforme em homenagem ao Capitão América. Juntos, esses dois materiais levaram a equipe nas costas e até abriram espaço para Pantera Negra e Cavaleiro da Lua marcarem alguns "golzinhos" durante o ano.




Barack Obama coloca o Homem-Aranha no topo da lista das revistas mais vendidas


A revista Amazing Spider-Man #583 ficou em primeiro lugar na lista da Diamond das revistas mais vendidas de janeiro.A grande atração desta edição é a participação do presidente Barack Obama, não apenas na capa, mas também numa pequena aventura secundária.No total, a Marvel fez cinco impressões deste número, que teve cinco capas diferentes.Os resultados de janeiro continuam mostrando a Marvel na liderança, com 45,86% do mercado e 42,82% do volume em dólar comercializado.A Marvel emplacou cinco revistas (Amazing Spider-Man #583, Dark Reign #1, New Avengers #49, Captain America #46 e Astonishing X-Men #28) entre as dez primeiras posições, a DC ficou com quatro (Final Crisis #6 e #7, Batman #685 e Justice League #29) e a Dark Horse conseguiu colocar Buffy The Vampire Slayer #21 em décimo lugar.

Arquivo X - A verdade verdadeira


"Uma escolha esquisita, mas o roteiro pode fazer funcionar." Foi com estas palavras pouco auspiciosas que um jornal descreveu a nova atração da Fox para a temporada 1993-1994. Em Vancouver, onde o piloto foi filmado, o gerente de produção J.P. Finn explicou a Todd Pittson, encarregado de locações, que o novo programa tinha "algo a ver com agentes do FBI investigando casos não resolvidos". Sua previsão era de que a equipe teria emprego talvez até o Natal.
A seleção de desconhecidos na produção também não incentivava o otimismo. O criador da série, Chris Carter, era um ex-repórter especializado em surf. Gillian Anderson era uma atriz desconhecida, com um pequeno currículo de trabalhos em teatro. David Duchovny era o mais famoso da linha de frente. Em sua filmografia estavam Kalifórnia e Twin Peaks. A série cult de
David Lynch era uma estrela dourada no currículo de qualquer ator, mas estava longe de ser um prato para paladares comuns. Para completar, Duchovny havia interpretado o estranho agente Dennis, que trabalhava vestido de mulher.
Impulsionada pelo sucesso de O Silêncio dos Inocentes e com As Aventuras de Brisco County Jr. como sua aposta mais forte na temporada de outono de 1993, a Fox tinha aprovado Arquivo X sem esperar muito, e acabou tendo nas mãos um dos maiores sucessos da TV de todos os tempos.
A criação
A inspiração inicial para Arquivo X, segundo o próprio Chris Carter, foi a série Kolchak e os Demônios da Noite. Produzida nos anos 70 pela rede ABC, a série acompanhava o trabalho de Carl Kolchak, repórter do Independent News Service que lutava contra um assassino misterioso a cada semana e terminava o dia invariavelmente sem provas do que havia acontecido. Estrelada por Darren McGavin, a série nasceu de dois longas para TV, The Night Stalker (1972) e The Night Strangler (1973). Os adversários de Kolchak, uma seleção composta por vampiro, lobisomem, monstro do pântano e Jack, o Estripador, eram uma pista do que Arquivo X mostraria ao público. Kolchak e sua luta inglória contra as autoridades e os descrentes, entre eles seu chefe Tony Vincenzo, seria o molde sobre o qual Carter criaria seu personagem principal, Fox Mulder.
A partir dessa inspiração inicial, Carter construiu uma mistura de gêneros que mesclava ficção científica, terror e policial em doses que desafiavam o limite da credibilidade. O resultado foi um programa que lembrava séries como O Livro Azul e Projeto UFO, nas quais agentes da aeronáutica investigavam OVNIS e visitas alienígenas, os momentos sobrenaturais de Além da Imaginação, a luta do homem que sabe demais de Os Invasores, acompanhado da dinâmica tradicional de uma dupla de policiais que parecem opostos, mas, na verdade, são complementares.
Uma das criações mais bem sucedidas de Carter foi o que a produção chamava de "a mitologia" da série. O primeiro elemento dela era a existência de um departamento no FBI em que seriam investigadas coisas fora do normal. A mitologia diz que, em 1946, o poderoso J. Edgar Hoover classificou o primeiro caso como um arquivo X, e determinou que todos os assuntos não investigados por outros departamentos seriam da alçada da nova área. Ao longo dos anos, o arquivo X tornou-se a curva de rio do Bureau, para onde iam histórias de fantasmas, avistamentos do Pé Grande e outros monstros em geral, e tudo relacionado a OVNIS e à presença de alienígenas na Terra.
O segundo elemento da mitologia é Fox Mulder. Psicólogo, com formação em Oxford, Mulder assombrou os instrutores da academia do FBI com sua capacidade para construir o perfil de criminosos e por seus instintos durante o trabalho de investigação. Sua performance o classificava como um agente com um grande futuro no Bureau. Esse futuro morre no momento em que Mulder e o arquivo X convergem: o agente convence seus superiores a reabrir o departamento.
O que atrai Mulder à coleção de pastas no porão é o desaparecimento de sua irmã, Samantha, na noite de 27 de novembro de 1973. Encarregado de cuidar da irmã durante a ausência dos pais, Mulder é um caso clássico de culpa de sobrevivente. Sem preconceitos contra métodos não tradicionais, ou provavelmente atraído até eles justamente por não serem aceitos pelo establishment, Mulder recorre à regressão hipnótica para lembrar o que aconteceu aquela noite. É desta forma que ele descobre que Samantha foi abduzida. A busca pela irmã é o que faz de Mulder o cavaleiro do Arquivo X, e Samantha o santo graal da mitologia criada por Carter, que estabelece que sua abdução é parte de uma grande conspiração envolvendo o governo e experiências com DNA alienígena em humanos.
A estrutura da série foi montada a partir daí em dois grupos de episódios, as histórias isoladas em que os vilões são monstros “comuns”, e os episódios que prosseguiam com o enredo da mitologia da série. Alimentando o interesse do público, os roteiros inseriam uma seleção de referências a diversas teorias conspiratórias que já habitavam a consciência popular. O informante de Mulder, Garganta Profunda, remete ao homem que revelou aos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein que o governo estava envolvido nas escutas telefônicas dos escritórios do partido Democrata no que se tornaria o caso Watergate. O nome do trio de ajudantes de Mulder, os Pistoleiros Solitários, saiu da mãe de todas as teorias de conspiração estadunidenses, aquela que cerca a morte do presidente John Kennedy. Pistoleiro solitário é o apelido da conclusão da comissão que investigou o crime de que o presidente foi morto por um único homem. A revista publicada pelo trio, Magic Bullet (Bala Mágica), também nasceu da crença de boa parte da população local de que Lee Oswald só conseguiria cometer o crime como descrito pela investigação governamental se usasse uma bala com poderes mágicos. Outras referências são mais caseiras, como o uso constante dos horários 11:21 e 10:13, uma homenagem de Carter ao aniversário de sua esposa, 21 de novembro, e ao seu, 13 de outubro.
A série
A ação de Arquivo X começa em 6 de março de 1992, quando a agente Dana Scully se encontra com Mulder pela primeira vez. Enquanto Scully recebe suas ordens para supervisionar Mulder numa reunião com a chefia, um homem observa silenciosamente ao fundo. Mais tarde, o público vai reconhecer o observador como um dos vilões da série, o Canceroso. A cena também estabelece que aqueles que comandam a conspiração estão no controle desde o início, a ponto de orquestrarem o encontro de Mulder e Scully.
A escalação de Gillian Anderson foi um golpe de sorte e um ato de enorme instinto de Carter. Inicialmente indesejada pela rede, que queria uma loira alta e mais sexy para o papel, Anderson foi também considerada muito jovem. Embora sem nenhum grande sucesso passado no bolso, Carter conhecia o jogo o suficiente para mentir quanto à idade de Anderson e garantir sua escalação. Scully seria o elemento final da mitologia da série. É quando Mulder explica à nova colega a existência do Arquivo X que aprendemos sobre o estranho departamento do FBI. O mesmo método nos apresenta ao rapto de Samantha. Scully é a guia do público para o universo da série e a voz de Carter, que muitas vezes declarou escrever a partir do olhar da agente.
Desde o piloto, Carter e seus roteiristas estabeleceram também uma inesperada inversão de papéis, com um homem mais emocional e uma mulher mais racional. Arquivo X também foi bem sucedido em construir uma personagem feminina forte, mas não masculinizada. Ao longo da série Scully seria definida como um novo objeto de adoração, o símbolo sexual que pensa.
Outro golpe de sorte para a produção foi a química entre David Duchovny e Gillian Anderson. Segundo Carter, Mulder e Scully são duas partes dele mesmo, a que quer acreditar e a que acha impossível acreditar. O relacionamento entre os dois tornou-se tão interessante para o público quanto a busca pela verdade sobre Samantha. Ciente do valor da tensão sexual, Carter levou a distância entre os dois ao extremo, a ponto da dupla poucas vezes ter usado o primeiro nome um do outro.
Durante os vários anos da série a dicotomia entre os dois, o crédulo e a cética, seria desafiada, mas o romance feito de fiapos de evidências jamais falhou em manter a atenção do público. Brincando com a própria decisão de manter os personagens separados, Mulder e Scully trocaram um beijo no réveillon de 1999 terminando com um sarcástico "o mundo não acabou" do agente para a amiga. O relacionamento da dupla mudaria apenas no final da série, para desagrado de uma parte do público e da crítica e aplausos daqueles que torciam pelo romance. A série, entretanto, jamais mostrou beijos apaixonados ou qualquer outra cena mais quente entre os dois.
Sucesso
A primeira impressão de Arquivo X era de um Twin Peaks mal humorado. O final da primeira temporada colocou a série em 102o lugar numa lista de 118 programas e os números não eram ruins, mas não eram estelares. A série havia estabelecido com sucesso a dinâmica entre seus personagens, a busca de Mulder, um universo em que o FBI investigava mutantes e mulheres fera, e a atmosfera geral de desconfiança contra aqueles que estão no comando do país e das corporações típica do Arquivo X.
Carter sempre deu crédito ao boca-a-boca como primeiro motor do sucesso de Arquivo X. Estacionada nas noites de sexta, a série procurava justamente o público que não estava lá, adultos que costumam sair para se divertir naquele horário. No Reino Unido a estréia também foi praticamente ignorada e severamente criticada por alguns que mais tarde se retratariam. Embora ainda não fosse um sucesso estrondoso, a primeira temporada deu à série um público fiel, e é considerada uma das pioneiras da Internet. Em 1994 a rede já tinha um newsgroup dedicado ao programa, alt.tv.x-files, e, no mesmo ano, um grupo de discussão criado por um fã na rede Delphi foi transformado no site oficial da série.
As notícias de que Gillian Anderson estava grávida e seu personagem seria engravidado por um alienígena, além de um Globo de Ouro de melhor série, ajudou a acelerar os números para o segundo ano. A gravidez da atriz, que pode ou não ter colocado seu emprego em risco, dependendo de quem concedia a entrevista na época, acabou inspirando um grupo de episódios que se transformou num dos elementos essenciais da mitologia da série. Começando com "Homenzinhos Verdes" ("Little Green Men"), Scully e Mulder são separados. Ela volta a ensinar em Quântico, e ele é escalado para acompanhar escutas telefônicas. O enredo continua em mais sete episódios da segunda temporada em que a agente é raptada e retorna misteriosamente em "Por Um Fio", interpretando uma cena ainda no hospital após dar à luz.
O sucesso a partir daí passou a crescer inexoravelmente. Frases da série, como "Eu Quero Acreditar", "Não Confie em Ninguém" ou "A Verdade Está Lá Fora", passaram a fazer parte do vocabulário das ruas e mais de um colega de escritório descobriu a senha do vizinho de mesa digitando "trustno1". O sucesso como série cult prosseguiu até o quarto ano, quando números ainda mais estrondosos transformaram o patinho feio da temporada de 93 na série preferida dos anunciantes.
A quinta temporada foi marcada pelo nascimento da primeira série derivada de Arquivo X, Millenium, e pela decisão de levar a série para o cinema antes do prazo normal em Hollywood. Ao invés de aguardar o final da série, o longa-metragem foi produzido como uma ponte entre a quinta e a sexta temporada, o que restringiu as possibilidades do roteiro tanto do filme quanto da série.
Ao atingir o sucesso, Arquivo X deu início a uma nova missão, aquela de saber o que fez a série chegar onde chegou. Certamente há o roteiro, a mitologia e a química entre os atores. Mas há também o momento. Ainda longe da paranóia terrorista pós-2001, a série captou a sensação do público de que o mundo não era um lugar seguro. Segundo Chris Carter, o bem vence muito poucas vezes e nós é que vivemos em negação quanto a este fato.
Segundo o diretor do primeiro filme da série, Rob Bowman, Mulder representa o homem atual em busca do sonho americano, que hoje significa descobrir a verdade. Em sua opinião, o público se identificava com a angústia de Mulder em descobrir que as pessoas no governo escondiam fatos e não agiam de acordo com o interesse dos eleitores, fato que não é segredo na América Latina, mas espanta os estadunidenses. A série também compreendia que o mal não era único. Uma vez vencido em uma de suas formas, seja um monstro como Tooms ("Assassino Imortal") ou um criminoso comum como Donnie Pfaster ("Irresistível"), seja como um plano governamental, o mal volta sob nova forma. É sua dedicação em continuar a lutar que fez de Mulder e Scully personagens que o público queria acompanhar.
Censura
Com sua mistura de policial, ficção científica e terror, era claro que Arquivo X teria seus problemas com uma parte do público e, principalmente, com uma parte dos canais exibidores. No Reino Unido a Sky One ganhou notoriedade ao passar a tesoura em "Os Adoradores das Trevas" ("Die Hand die Verletz"). O episódio é uma história isolada em que Mulder e Scully investigam um caso de culto ao demônio em uma escola. Ao todo, o episódio em que Mulder diz uma de suas grandes frases, "você não pode chamar o demônio e depois pedir para ele se comportar", perdeu mais de dois minutos de duração. Outros episódios vítima dos olhos sensíveis da Sky One foram "Ossos Frescos" ("Fresh Bones") e "Sangue" ("Blood"). O motivo era tão "nobre" quanto a ação inútil. As cenas cortadas eram as mais gráficas e aquelas que envolviam armas brancas; mais tarde, quando a série mudou de canal, os episódios foram exibidos sem cortes.
A luta contra a censura, na verdade, começava na produção, quando Carter tinha de defender as cenas mais sangrentas ou nojentas para o pessoal da equipe de Standards and Practices do estúdio. Uma vez aprovados pela Fox, no entanto, o público esperava poder assistir à sua série em paz. Uma solução para o problema no Reino Unido foi dada pelo próprio público: exibir a série mais tarde.
Fim
Para muitos, o fim de Arquivo X chegou no momento em que a série se mudou para Los Angeles na sexta temporada. Produzida em Vancouver, Arquivo X é apenas um dos programas que aproveitou diversas vantagens oferecidas pelo país vizinho. Além de um câmbio favorável, o Canadá oferece incentivos fiscais para atrair produções, entre elas a devolução de parte do valor pago a profissionais canadenses. Geograficamente, Vancouver oferece a facilidade de vários cenários a poucos quilômetros de distância, incluindo áreas com neve, um bondinho, instalações portuárias e bairros que podem interpretar "qualquer lugar nos Estados Unidos" com facilidade. O que Vancouver não tem são dias ensolarados como os da Califórnia. A atmosfera cinzenta acabou sendo incorporada à série, e foi destruída quando Mulder e Scully aterrissaram em Los Angeles.
As mudanças em Arquivo X aconteceram principalmente a pedido de David Duchovny, agora casado com Tea Leoni, embora Chris Carter tenha tentado convencer o público de que o objetivo sempre tinha sido filmar em Los Angeles. Uma parcela dos fãs, descontente com a alteração no tom do programa, se afastou, gerando uma queda de audiência, mas a série ainda era o maior sucesso da Fox. Um sucesso do qual o estúdio não queria se separar. Arquivo X prosseguiu ainda por mais duas temporadas, marcadas pelo afastamento de Duchovny, que iniciou um processo contra a Fox por questões financeiras.
A produção tentou introduzir o conceito de que os personagens poderiam mudar, mas a mitologia manteria o seriado funcionando. Dois novos agentes foram introduzidos no Arquivo X, John Doggett (Robert Patrick) e Mônica Reyes (Annabeth Gish), com Mulder e Scully aparecendo ocasionalmente. A idéia de outras pessoas no Arquivo X, entretanto, jamais foi aceita completamente pelos fãs e o seriado acabou encerrando sua vida na telinha na nona temporada com "A Verdade". E com Mulder e Scully juntos no último episódio.

Marvel Ultimate tem futuro !!



Durante a New York Comic-Con, a Marvel Comics finalmente anunciou o futuro da linha Ultimate - cujo universo de heróis está passando pela destruição quase total no evento Ultimatum.
As transformações começam em maio. Durante o mês, saem os especiais Ultimate X-Men: Requiem, Ultimate Fantastic Four: Requiem e a minissérie em dois capítulos Ultimate Spider-Man: Requiem. São apenas "pontos finais" nos títulos, em preparação para a nova fase.
E esta nova fase começa em julho, com Ultimate Spider-Man Vol. 2 #1 e Ultimate Avengers #1. Brian Michael Bendis continuará escrevendo o Aranha, agora com desenhos de David LaFuente. E Ultimate Avengers é a série já anunciada, por Mark Millar e um novo artista a cada seis edições - os primeiros serão Carlos Pacheco e Leinil Francis Yu.
A Marvel garantiu que a linha - agora renomeada Ultimate Comics - terá apenas quatro séries. Até o momento só se sabe que a terceira será New Ultimates, por Jeph Loeb e Frank Cho - ainda sem data de lançamento marcada. A quarta deve ser um novo volume de Ultimate X-Men, mas ainda não há confirmação da editora.

Alan Moore desanca cinema e HQs -



As entrevistas em que Alan Moore começa a reclamar da indústria do cinema e dos quadrinhos são sempre uma festa para os fãs do barbudo. Provavelmente são também para o próprio Moore, que não é bobo e sabe que suas declarações vão ganhar mais circulação o quanto mais pontiagudas estiverem.
A mais recente foi para a revista inglesa TotalFilm, que nem se deu ao trabalho de publicar as perguntas que fez ao tio Alan e só deixou um punhado de declarações venenosas do criador de Watchmen. Confira uma seleção abaixo:
"A principal razão pela qual quadrinhos não funcionam no cinema é que praticamente todo mundo no comando da indústria de cinema é contador. Essa gente sabe somar e equilibrar o livro-caixa, mas para qualquer outra coisa são burros, incompetentes e não têm qualquer talento."
"Tivemos um produtor de Hollywood particularmente obtuso que disse 'vocês nem têm que produzir o gibi, é só colocar o nome de vocês nessa idéia e eu faço o filme e vocês ganham um monte de dinheiro - é... A Liga de Animais Extraordinários! Vai ser como o Gato de Botas!'. Eu só disse 'Não, não, não. Nunca mais mencione isso para mim'."
"A gente precisa de mais filmes-porcaria no mundo? Já tivemos o bastante. E esses 100 milhões de dólares [orçamento de Watchmen: O Filme e de A Liga Extraordinária] podiam acabar com a guerra civil no Haiti. Além disso, os quadrinhos originais são sempre melhores."
"Na época em que escrevi Watchmen, eu ainda acreditava nos bastardos venenosos [os super-heróis], eu tinha uma opinião diferente sobre quadrinhos de super-herói norte-americanos e o que eles significavam (...). Os EUA têm uma afeição desmedida por lutas desleais. É por isso que armas são tão populares lá - porque você pode atacar de supresa, atirar pelas costas, lutar de forma bastante covarde. O que lá chamam de fogo amigo, no resto do mundo a gente chama de fogo americano."
"Acredito que a grande verdade sobre os super-heróis é que os EUA não iam querer nenhum contra eles. Eles preferem não se envolver em uma briga se não tiverem poder de fogo maior, ou são invulneráveis porque vieram do planeta Krypton quando eram bebês. Acho que essa é a vergonha por trás de todo mito do super-herói norte-americano. É o único país em que esse gênero funcionou. Nós britânicos vamos ver filmes americanos de super-heróis assim como o resto do mundo, mas nunca criamos super-heróis nossos de verdade."

Sherlock Holmes vai voltar aos quadrinhos



Ele está prestes a ressurgir no cinema, então já era esperado que também retornasse às outras mídias. Os quadrinhos, como sempre, chegaram antes. A editora Dynamite Entertainment anunciou na New York Comic-Con uma nova HQ de Sherlock Holmes.
A editora já tinha à mostra a bela capa da primeira edição, por John Cassaday. O casal Leah Moore (filha do Alan, aquele) e John Reppion serão os roteiristas, com arte do novato Aaron Campbell. Ainda não foi divulgada a data de lançamento.
A capa, assim como as biografias dos roteiristas, prometem uma versão bastante dark do detetive mais famoso do mundo. O filme estreia mundialmente em 20 de novembro.

Quadrinhos de Star Wars de volta ao Brasil



A Editora On Line anunciou o lançamento de Star Wars, nova série mensal em quadrinhos que vai trazer as adaptações e expansões do universo de George Lucas publicadas nos EUA pela editora Dark Horse.
Cada edição vai trazer histórias de quatro séries originais: Knights of the Old Republic (sobre o treinamento dos jedis, prévia aos filmes da série), Dark Times (com foco em Darth Vader), Rebellion (histórias dos rebeldes, que se passam entre Uma Nova Esperança e O Império Contra-Ataca) e Legacy (o futuro da saga, após os filmes da série).
Todas as séries foram lançadas em 2006 nos EUA, e fazem sucesso entre os fãs de Luke Skywalker lá fora. Todas são aprovadas, página a página, pela Lucasfilm.
Star Wars 1 custa R$ 7,90 e tem distribuição nacional.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Velozes e furiosos 4








Sete novas fotos de Velozes e Furiosos 4 (Fast and Furious) foram divulgadas. Nelas, Vin Diesel e Paul Walker dão espaço para as beldades Jordana Brewster e Michelle Rodriguez. Confira na galeria.
Na trama do filme, o ex-presidiário e fugitivo Dom Toretto (Vin Diesel) reencontra o agente Brian O'Conner (Paul Walker) quando um crime faz com que eles voltem a Los Angeles. Forçados a confrontar um inimigo em comum, Dom e Brian precisam construir uma nova aliança e confiança se quiserem derrubá-lo.
A dupla Justin Lin e Chris Morgan, respectivamente diretor e roteirista de Velozes e Furiosos 3: Desafio em Tóquio, está de volta à franquia. A estreia no Brasil acontece em 3 de abril.









Filme de Sherlock Holmes


Está breve de ser lançado nos cinemas , o filme de Sherlock Holmes , personagem principal de grandes romances policiais , escritos por Sir Arthur Conan Doyle

O filme é baseado na inédita HQ de Lionel Wigram intitulada Sherlock Holmes. A visão de Wigram elimina algumas frescuras vitorianas e enfoca mais na ação, inclusive com elementos presentes nos primeiros textos de Arthur Conan Doyle com o personagem, como sua habilidade no boxe e na esgrima.
Leia a primeira entrevista (feita pelo Omelete ) com Downey Jr. e Guy Ritchie sobre o filme. A estreia acontece aqui e nos EUA em 20 de novembro.

Comunidade Olho Borboleta


Estamos esperando alguém que gosta do blog , criar uma comunidade para o mesmo , no site de relacionamentos Orkut , para vermos e termos uma idéia de como está a nossa fama e se estão gostando .
Assim que esta comunidade sair , iremos informar , e todos que passarem por aqui , terão que participar , viu ?

Um abraço .

Filme do Poderoso Thor



Kenneth Branagh finalmente oficializou seu envolvimento na adaptação para as telas das histórias em quadrinhos do Poderoso Thor, da Marvel Comics.
Em entrevista à matriz da MTV para divulgação do filme Operação Valquíria, o cineasta comentou "vou dirigir Thor. Estou empolgado em trabalhar nessa história sobre um imortal, deuses, seres extraordinários e criaturas interdimensionais. É uma chance de contar uma grande história com uma grande escala. É um história humana no centro de um cenário épico".
“O filme terá ficção científica, ciência de verdade e fantasia, tudo junto. É baseado nas lendas nórdicas que a Marvel reinterpretou de maneira brilhante", continuou.
Sobre o elenco - e os rumores a respeito de Kevin McKidd -, Branagh disse simplesmente que conversas diversas estão em andamento, mas ainda é tudo muito prematuro. "Primeiro estamos discutindo a história e os efeitos especiais e como tudo vai se encaixar - é empolgante. Alguém sensacional vai viver Thor, mas ainda estamos no começo", completou.
Thor tem roteiro escrito por Mark Protosevich e acompanha a história do estudante de medicina Donald Blake, que troca a bengala que o ajuda a caminhar pelo Mjolnir, o martelo que o transforma no deus nórdico Thor. O filme tem estréia prevista para 4 de junho de 2010.