domingo, 28 de junho de 2009

Star Trek - A série

Matéria retirada do Omelete, escrita por Ederli Fortunato & José Aguiar


Guinan

O capitão Sisko

A estação espacial Deep Space 9

DS9 - A tripulação

A rainha Borg

A tripulação da Voyager

A borg Sete de Nove

A tripulação da primeira Enterprise, liderada pelo capitão Archer.

Primeiro contato

Imagine a cena:

Imagine a cena:

Darth Vader, o capitão boa pinta da nave estelar Enterprise, ordena a seu fiel oficial de ciências, o Sr. Spock, que teletransporte os prisioneiros Han Solo e seu fiel ajudante peludo, o tenente Worf para o calabouço de Jabba, o Ferengi.

Ridículo? Para os fãs, ou, no mínimo, admiradores de ficção científica, talvez, mas, na cabeça de muita gente, uma aventura como essa é bem possível. Isso porque, apesar da fama, a vaga semelhança entre os nomes Star Wars (Guerra nas Estrelas) e Star Trek (Jornada nas Estrelas) torna os dois universos uma coisa só.

A semelhança, no entanto, morre nas estrelas, ou melhor, no nome. As duas séries hoje já são parte da cultura popular, e responsáveis por boa parte da popularização da ficção científica nas últimas décadas do século passado (estamos no século 21, lembra-se?). Porém, seguindo rumos completamente diferentes.

Não vem ao caso discutir qual delas é a melhor. Star Wars talvez seja mais pop, com suas explosões e clara inspiração nas histórias medievais de cavaleiros e princesas, com vilões e mocinhos definidos até na cor de suas roupas. Mas com o aniversário de 40 anos da série, chegou a hora de relembrar o universo criado por Gene Roddenberry.

Onde nenhuma série jamais esteve
A Enterprise Original

Jornada nas Estrelas foi originalmente produzido pelos estúdios Desilu, de propriedade da estrela cômica Lucile Ball e seu marido, Desi Arnaz, que os brasileiros, e o mundo, conhecem da série I Love Lucy.

Hoje marco na TV mundial, Star Trek não agradou muito no começo. O primeiro piloto foi condenado como muito cerebral para a TV. Como talento sem sorte não adianta nada, a série ganhou uma segunda chance. Um novo piloto foi produzido (algo inédito na história da TV norte-americana) e acabou dando origem à série, que nunca foi o sucesso nos índices de audiência que os executivos da TV exigiam e exigem, mas que conquistou um público não só fiel, mas também muito organizado, que manifestou-se primeiro contra o cancelamento e mais tarde a favor das reprises, e até do batismo do ônibus espacial.

O que era cult, com os anos passou ao status de fenômeno cultural e séries foram derivadas do programa original:, A Nova Geração, A Nova Missão e Voyager e Enterprise, além de uma série em desenho animado e de passar para o cinema, gerando anualmente milhões de dólares em produtos licenciados que vão de gravatas a games, passando por livros e pratos de porcelana e até uma atração em Las Vegas.

Mas de onde vem tamanha devoção? Ao contrário da rival Guerra nas Estrelas, em que a pirotecnia prevalece sobre o enredo, Jornada sempre primou pelo caráter humanista de suas histórias. Mesmo recheada de tecnologia futurista, como o teletransporte, ou armas phaser, o foco da Série Clássica era, na verdade, os conflitos dos anos 60, como o racismo ou os hippies. Valendo-se da roupagem da ficção, temas como estes passavam pela censura da época, mas o público lentamente entendeu o recado. Inovadora, a produção ousou até mesmo o primeiro beijo interracial da TV.

A Série Clássica, ou Kirk, Spock, McCoy e cia.

O seriado estreou na TV americana em 8 de setembro de 1966, O primeiro piloto jamais foi exibido, embora algumas cenas tenham sido usadas num episódio posterior. Para a segunda chance, a tripulação foi trocada, permanecendo apenas Leonard Nimoy, o alienígena de orelhas pontudas conhecido intergalaticamente com Sr. Spock. William Shatner entrou como o novo capitão, o mulherengo James Tiberius Kirk. E De Forest Kelley tornou-se o esquentado Dr. McCoy.

O trio era a alma do seriado: as deliciosas discussões entre o emotivo McCoy, sempre fazendo comparações estapafúrdias como sou um médico, não um pedreiro e o lógico Spock, eram os dois lados da mesma moeda. Equilibrados por um Capitão que era a soma das qualidades de ambos e que sempre que podia acabava rasgando a camisa, para a alegria da audiência feminina. O fato acabou até virando piada em Galaxy Quest, filme-paródia totalmente calcado na carreira de Jornada nas Estrelas.

Completavam a tripulação da Enterprise o engenheiro-chefe Scott, a negra Tenente Uhura, o oriental Sulu e o jovem russo Checov. Uma pluralidade étnica impensável em tempos de Guerra Fria ou de conflitos raciais, e ainda mais poderosa quando se sabe que Roddenberry era filho de um racista.

Contando com muita criatividade e orçamentos enxutos, a série conseguia a proeza de tornar emocionantes até batalhas espaciais sem tomadas externas. Quando a Enterprise era atingida, a ponte de comando estremecia, o equipamento explodia e os atores se jogavam no chão. E só. Poucas naves apareciam, e os aliens, quando muito, tinham uma aparência levemente diferente da nossa. Para economizar nas cenas de descida aos planetas, foi inventado o teletransporte, para economizar no figurino e na maquiagem dos ets, todos os planetas visitados eram Classe M, ou seja, com atmosfera igual à Terra. Outro reflexo da contenção de gastos era o conceito de que os mundos se desenvolviam em paralelo. Por um motivo ou outro, a cultura de nossa Terra era assimilada por outros mundos e nossos intrépidos exploradores se viam presos em meio a uma sociedade industrial baseada na Roma Antiga ou mesmo vivendo assolada por gângsteres da época da lei seca. Argumentos que facilmente poderiam cair no ridículo eram prato cheio para divertidas e inventivas histórias.

Claro que nem tudo era perfeito. Nenhum seriado é capaz de produzir de 22 a 26 episódios de alta qualidade por temporada. E, em qualquer lista, o vencedor da categoria ruim demais é O Cérebro de Spock, em que nosso amigo vulcano tem sua privilegiada massa encefálica roubada. Outro fato negativo era que, fora a santíssima trindade, os demais membros da tripulação nunca tiveram muito espaço para se desenvolver como personagens.

Entre 1973 e 74, os fãs se contentaram com uma série animada (22 episódios), produzida pela Filmation, produtora de sucessos como Flash Gordon, He-man e She-ra. Ainda nos anos 70, a tripulação original da Enterprise ameaçou voltar a telinha em uma nova série, intitulada Star Trek - Phase II. Porém, o estrondoso sucesso de Guerra nas Estrelas mostrou o potencial que a franquia teria no cinema. Abandonada, a nova série deu lugar a Jornada nas Estrelas - O Filme, o primeiro de dez longas-metragens realizados desde 1979.

Mudando a Tripulação - A Nova Geração

Um novo seriado na tv só aconteceria em 1986, com a estréia de A Nova Geração. Ambientada no século XXIV, cerca de 80 anos depois de Spock e cia, a nova Enterprise era comandada agora pelo capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart). Com efeitos especiais de ponta, a série amadureceu as idéias da original, se tornou um enorme sucesso no mundo todo e até substituiu os personagens originais no cinema.

Mas, as coisas não foram fáceis para essa nova tripulação. Além de vencer o desafio de substituir a tripulação original, o elenco teve que superar um primeiro ano fraco, com poucos episódios de destaque, graças aos argumentos muitas vezes chatos e pouco originais. Colaborava para isso a presença do irritante filho da Dra Crusher, a médica da nave: o alferes honorário (e gênio-mirim) Wesley Crusher. Sem falar que o figurino da tripulação tinha o maior jeito de pijama... Mas tudo isso foi superado e a série finalmente decolou no terceiro ano. Novamente a sorte colaborou, porque é pouco provável que hoje em dia um estúdio desse tamanha colher-de-chá para uma série conseguir resultados.

Com mais tempo, e um orçamento bem mais polpudo, o elenco principal teve mais espaço para se desenvolver. O tenente andróide Data (Brent Spinner), que a princípio parecia ser uma variante simpática do frio Sr. Spock, revelou-se um personagem carismático e complexo e, mesmo desprovido de emoções, o mais humano da tripulação. Ao lado do amigo LaForge, o engenheiro cego da nave (aquele cujo visor parece um radiador de carro), eles exploraram a equação humana. O imediato Will Riker, a princípio um clone de capitão Kirk, permaneceu mulherengo, mas mostrou-se valoroso e competente como o segundo em comando. A conselheira Diana Troi, por sua vez, foi pouco aproveitada. Num dos momentos mais improváveis da franquia, ela teve um romance com o esquentado tenente Worf (Michael Dorn), o klingon da tripulação. O personagem de Dorn, aliás, foi uma das grandes surpresas da nova série. Como os Klingons sempre foram os tradicionais vilões da Série Clássica, ver um deles vestindo o uniforme da Frota gerou longos debates entre os fãs. A produção, e Roddenberry, na época da estréia ainda vivo, sempre rebateram com o óbvio: as guerras um dia terminam e inimigos tornam-se aliados. Worf, dividido entre a cultura Klingon e a humana, na qual foi criado, trouxe para a série os bastidores do Império, traições, assassinatos, e um visual muito diferente dos klingons da primeira série.

E o que dizer do austero capitão Picard? Mais cerebral que seu antecessor, seu personagem encarna as virtudes que a humanidade almeja. Mesmo sendo um tipo reservado ao extremo e com certa dificuldade em expressar sentimentos. Mas é justamente nessas falhas que se ampara a série, fugindo aos heróis estereotipados e simplistas. Com isso, Jornada estava sedimentada de vez.

Novamente, mesmo sendo a série a mais cara produzida na época, a pirotecnia ficou em segundo plano. Apesar das maravilhas do holodeck, os personagens não abriam mão de coisas simples como um bom livro de papel ou de sonhar com uma idílica vida no campo. A Nova Geração abriu novos horizontes com uma ficção de primeira categoria, explorando melhor a Federação dos Planetas Unidos e conhecendo novos adversários: Q, o ser onipotente que, tal como o Sr. Mxyzptlk das histórias do Superman, se diverte atazanando Picard; os Ferengi, patética raça de mercadores e os terríveis Borgs, ciborgues que assimilam culturas alheias e se comunicam através de uma consciência coletiva.

Durante as sete temporadas da Nova Geração, uma das participações especiais mais marcantes foi a da comediante Woopy Goldberg. Ela integrou o elenco, no papel de Guinan, a proprietária do bar da nave.

Saindo da nave - Deep Space Nine

Em 1993 estreou Deep Space Nine (conhecida aqui como A Nova Missão). A série trocou o modelo caravana no espaço pelo forte apache, situando sua história numa base estelar nos limites do território da Federação, cercada de inimigos e comandada pelo oficial negro Benjamin Sisko (Avery Brooks). DS9 mostrava uma visão menos otimista do futuro das Jornadas anteriores e assim como a Nova Geração, eles também demoram a engatar.

Ao contrário das tripulações anteriores que resolviam um problema e partiam, a equipe de Sisko convivia com as conseqüências de seus atos, num ambiente inspirado pela situação da faixa de Gaza, na Palestina, uma área do espaço entregue pelos Cardassianos após um tratado de paz com o qual nenhum dos lados ficou feliz.

A série também enfrentou o fato de estrear na mesma época de outra igualmente ambientada numa estação: a conceituada Babylon V, de Joe Straczynski. A influência do sucesso da concorrente foi nítida. Assim como Babylon, Jornada deixou de produzir apenas episódios fechados ou, no máximo, duplos, e ganhou histórias mais longas, contadas em arcosde vários episódios. A série também competia dentro de seu próprio universo, já que A Nova Geração ainda estava sendo exibida quando DS9 estreou.

O ponto de partida da história é dos momentos de maior drama da Nova Geração, a batalha de Wolf 359 contra os Borgs, quando Picard, assimilado pelos seres mecânicos, destrói a frota da Federação. Entre os mortos estava a esposa de Sisko.

Além dos cardassianos, que iniciaram a série como os grandes vilões da história e depois foram substituídos pelos Dominion, surgiram também os Trils, seres parecidos com uma lagarta, porém inteligentes e capazes de viver por séculos.

DS9 quebrou de vez o conceito do futuro cor de rosa criado por Gene Roddenberry, a ponto de ser rejeitada pelos fãs mais radicais, que apontavam que o criador do universo Jornada nas Estrelas jamais aceitaria os conflitos pessoais e a longa guerra mostrada na série. Num de seus momentos mais dramáticos, Sisko discursou explicando que os comandantes da Frota olhavam pela janela de sua sede na Terra e viam o paraíso, enquanto a área ocupada pela estação estava muito longe disso. E em In the Pale Moonlight, um dos roteiros mais bem construídos da TV, Sisko envolve-se na manipulação dos fatos para garantir que a guerra tome o rumo favorável à Frota e conclui: posso viver com isso.

Definitivamente, DS9 era uma série diferente das outras. E, por isso mesmo, mais difícil de assimilar. Para dar impulso à história, a produção presenteou a tripulação com a Defiant, uma nave originalmente construída para enfrentar os Borgs, armada até os dentes e capaz de levar a tripulação para fora da estação de vez em quando. Mas Deep permaneceu mais pesada do que o universo Jornada normalmente é.

De volta a uma nave - Voyager

Em 1994, Voyager trouxe a primeira nave comandada por uma mulher, a Capitã Janeway. Por alguns dias a produção comemorou a contratação de Genevieve Bujold, estrela de Ana dos Mil Dias. Desacostumada aos rigores da gravação de seriados, com dias de 18 horas para os atores principais e dez meses de filmagem por ano, a atriz logo percebeu que ali não era seu lugar e pediu para sair. Foi substituída por Kate Mulgrew.

A série tentou trazer de volta o sentido de ir a algum lugar que a produção julgava ter sido deixada de lado em DS9.

Perdida numa região inexplorada da galáxia, sua tripulação foi onde ninguém jamais esteve na tentativa de retornar à Terra. É considerada a mais fraca de todas as séries de Jornada. A capitã ficou longe do carisma dos outros comandantes, e o primeiro oficial, Chakotay (Robert Beltran) foi tão desperdiçado que o ator terminou sua participação reclamando dos roteiros em alto e bom som. Inicialmente, Chakotay foi o ponto de partida da história. Membro de uma comunidade de índios da Terra que havia partido da Terra para colonizar outro planeta, ele viu toda sua área do espaço ser entregue aos Cardassianos num tratado de paz. Revoltado, Chakotay deixou a Frota e integrou os Maquis, um grupo armado dedicado a defender os colonos dos Cardassianos.

Assim como as outras séries, Voyager também tinha seu mestiço em conflito, a engenheira B’Elanna Torres, metade Klingon, metade humana, o primeiro vulcano negro, Tuvok, e o melhor personagem da série, o brusco e pouco amigável Doutor, um médico holográfico, interpretado por Robert Picardo.

A série ainda apelou para o subterfúgio pouco louvável, mas eficiente, de incluir no elenco uma tripulante em trajes justíssimos para alavancar a audiência: a borg Sete de Nove (Jery Ryan).

O Pretérito do Futuro - Enterprise

Depois de ir a um futuro tão distanque a ponto da crítica e do público reclamarem do excesso de tecnobaboseira e da solução sempre apoiada em algum malabarismo do engenheiro, a série acabou encalhada. Uma nova série no futuro, além de pouca novidade, teria também um custo muito alto nos efeitos especiais. Assim, a idéia foi voltar no tempo, sacudir a concordância do universo Jornada nas Estrelas, e contar a história de uma Enterprise nunca antes citada, a NX-01, que existiu um século antes de Kirk.

Nesse novo cenário, o ponto de partida é o longa Primeiro Contato, que mostrou a chegada dos vulcanos à Terra. Anos depois desse primeiro encontro, os orelhudos compatriotas de Spock ainda tratam os humanos como incapazes e entregam tecnologia em conta-gotas. A situação muda com um Klingon sendo abatido num milharal e os humanos decidindo colocar a Enterprise para fora da doca e levar o klingon ferido para sua casa.

O novo capitão escolhido foi Scott Bakula, um veterano da TV famoso como protagonista de Contratempos. Archer, seu capitão, é um homem deslumbrado pelo espaço, assim como sua tripulação. Tudo é novo, o teletransporte nunca foi usado para mover humanos, o tradutor universal ainda está sendo desenvolvido, o chefe de armas é louco para explodir alguma coisa e a produção não resistiu e colocou uma vulcana numa roupa colada como oficial de ciências.

A série durou até maio de 2005, quando despediu-se com um episódio duplo. Mas não foi sem luta... os fãs tentaram salvá-la a todo custo, chegando até a arredar dinheiro para a produção. Não deu certo. Todas as doações foram devolvidas e a franquia Jornada nas Estrelas embarcou em um merecido (e triste) descanso televisivo, o primeiro desde 1987, quando A nova geração entrou no ar, seguida de Deep Space Nine, Voyager e, enfim, Enterprise.

Roteiristas criarão um herói especificamente para o filme do Lanterna Verde


Nos quadrinhos, a galeria de seres que integram a Tropa dos Lanternas Verdes já é bastante diversificada: ao lado do representante terráqueo, há outros tantos que patrulham outras regiões do universo. Não satisfeitos, os roteiristas do filme do Lanterna Verde, Marc Guggenheim, Greg Berlanti e Michael Green, criaram mais um, para aparecer em Green Lantern.

"Uma das nossas regras é: não crie para o filme um Lanterna novo se já existir nas quadrinhos um que se encaixe no que você precisa. Só existe um único Lanterna que criamos do zero, mas é por uma razão específica", disse Guggenheim à MTV. Ele não diz o motivo, nem revela se veremos no filme figuras conhecidas da tropa, como Kilowog e Tomar-Re.

A versão mais recente do roteiro foi entregue à Warner no fim de semana. "Estamos basicamente naquela fase de transformar um roteiro de leitura em um roteiro pronto para ser filmado", disse Guggenheim sobre a série de revisões no texto.

Martin Campbell (Cassino Royale) dirige o filme, que conta como Hal Jordan se tornou o herói do título. A pré-produção começa em julho e as filmagens, em novembro, em Sydney, na Austrália. O filme estreia em 17 de junho de 2011.

Zack Snyder diz que Frank Miller já começou a escrever continuação de 300


Durante uma coletiva de imprensa ontem para promover os Blu-rays de seus filmes, Zack Snyder falou a respeito da continuação de seu épico grego 300.

"Eu sei que Frank [Miller] está atualmente escrevendo a sequência de 300. Já começou a desenhar e parece que está até o pescoço no projeto. Acho que ele voltará à Grécia para mais inspiração", informou - referindo-se à história em quadrinhos que Miller lançará antes do projeto da adaptação começar.

Sobre o filme, ainda é cedo para afirmar muito coisa, mas Snyder acredita que usará a mesma tecnologia do primeiro. "Pelo que Miller me falou, será maior em escala em termos de cenários e terreno. Veremos Atenas, o mar Egeu e outros lugares. Haverá oportunidade para uma visão mais ampla, mas eu espero manter a estética idêntica. O que fizemos com 300 não foi uma revolução - é quase a mesma coisa que usam na TV como o homem do tempo. Ao invés dos mapinhas é Esparta ao fundo... será a mesma coisa, mas sob esteróides", disse ao Coming Soon.

Vale lembrar que Snyder várias vezes comentou que só dirigirá um novo 300 se Miller primeiro desenhar uma nova HQ, lançá-la e as pessoas apreciarem o resultado. O estúdio, claro, gostaria de apressar o processo e pediu que ele se sentasse com Miller para escrever o roteiro e, quem sabe, tirar disso uma graphic novel. O diretor recusou a proposta.

Não há qualquer previsão de lançamento da HQ ainda.

Peter Jackson e Guillermo Del Toro revelam mudança em O Hobbit


Em entrevista à revista Empire, Peter Jackson e Guillermo Del Toro disseram que o filme em duas partes de O Hobbit sofreu alterações.

Originalmente, a adaptação da obra que apresentou a Terra-média na literatura teria um filme fiel ao livro seguido por outro que pretendia mostrar o que houve nos 60 anos entre o romance de J.R.R. Tolkien e sua próxima obra, O Senhor dos Anéis. Agora, isso mudou.

“Decidimos dividir O Hobbit em dois filmes, incluindo o Conselho Branco e as idas e vindas de Gandalf a Dol Guldur”, explicou Del Toro. “Achamos que seria um erro tentar enfiar tudo em um filme apenas. A ideia incial era realizar O Hobbit e isso permitirá que façamos a adaptação com mais estilo que O Senhor dos Anéis, completou Jackson.

O que nenhum dos dois comenta é que dessa maneira fica também o espaço para um eventual sexto filme da saga... aquele que eles estavam planejando e que mostraria o que houve entre as duas histórias. Mas isso não passa de conjectura omelética.

O primeiro filme está agendado para sair em 2011. O fim da saga, em 2012.

Escritores explicam por que vão ressuscitar a Saga do Clone do Homem-Aranha


Diante da notícia de que a Marvel Comics planeja dedicar uma minissérie de seis edições à Saga do Clone do Homem-Aranha, os roteiristas Howard Mackie e Tom DeFalco, envolvidos na mini, tentaram explicar o inexplicável: por que diabos ressuscitar uma das várias monstruosidades montadas para alavancar a venda de quadrinhos nos anos 90?

Os motivos: é a chance que eles têm de "contar a história como deveria ter sido", sem as intervenções editoriais que a tiraram dos trilhos há mais de 10 anos. Além disso, eles acreditam que a saga não é tão odiada como tantos pensam, dizem Mackie e DeFalco (que estiveram envolvidos na saga original) em entrevista ao Newsarama.

Por que a Saga do Clone saiu dos trilhos? A história errada na hora errada. "Não tinha-se essa idéia de uma 'saga' do clone. Era simplesmente uma história com a qual os escritores do Aranha estavam entusiasmados. Era para ser contada nas quatro séries do Aranha por apenas três meses", diz Mackie. DeFalco completa: "Os quadrinhos estavam passando por um momento difícil quando a história começou. Todas as editoras queriam fazer o grande evento do próximo mês e as lojas ainda tinham estoques do evento do último mês. O escritório editorial do Homem-Aranha veio com uma história interessante, mas outras forças se meteram e tudo saiu do controle".

As "outras forças" são o que ficou conhecido como "Marvelution". DeFalco foi destituído como editor-chefe da Marvel e a editora ficou separada em várias pequenas unidades, cada uma responsável por uma linha de títulos. E todo mundo precisava produzir mais do que nunca.

"Sugeriu-se/ordenou-se enfaticamente que o arco de histórias não deveria acabar tão rápido. Aí, essa simples e organizada história - com início, meio e fim - ganhou um fim aberto", diz DeFalco. "Ainda acredito que o problema começou quando a empresa me demitiu como editor-chefe e me substituiu por cinco editores-chefe que respondiam ao departamento de marketing e vendas. Um departamento de marketing e vendas pode lhe dizer como vender determinado título, mas é o editorial que deve estar encarregado de criar o material."

Na época, 1994, a Marvel ainda comprou sua própria distribuidora, enquanto as vendas caíam por todos os lados. Dois anos depois, entrou em processo de falência. Os problemas da editora só vieram a ser resolvidos no início desta década, com o sucesso dos filmes baseados em seus personagens e a editoria-chefe nas mãos de Joe Quesada.

As histórias da Saga do Clone, apesar de tudo, vendiam. Segundo Mackie e Quesada, as ordens foram para que aquilo continuasse. "A gerência pediu que fizéssemos alguma coisa - alguma coisa grande - que nos daria o equivalente à Morte do Superman, mas sem cadáveres", diz Mackie. Com isso, a Saga do Clone se estendeu por três anos e, segundo os autores, muito do que estava planejado no início se perdeu.

Apesar de tudo, as memórias dos dois quanto às histórias são positivas. DeFalco: "Acredito que uma história é julgada pelos efeitos que tem sobre os leitores. Se você lê uma história e não consegue lembrar o que aconteceu poucas horas depois, não foi uma história muito boa. Se, por outro lado, a história lhe assombra e prende-se em você e desperta emoções, isso é uma boa história. Faz um bom tempo desde que a assim-chamada Saga do Clone saiu e as pessoas ainda discutem-na e lembram cenas inteiras. Como escritor, eu não poderia estar mais feliz".

Spider-Man: The Clone Saga, com desenhos de Todd Nauck, começa a sair nos EUA em setembro.

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Estreia de As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada é marcada


Poucos dias depois de contratar um roterista para a terceira das Crônicas de Nárnia, A Viagem do Peregrino da Alvorada, a 20th Century Fox e Walden Media oficializam a data do lançamento. Será em 10 de dezembro de 2010.

Michael Petroni atualmente retoca o texto de Richard LaGravanese, autor da versão mais recente da adaptação do clássico de C.S. Lewis.

A previsão é que as filmagens comecem entre julho e agosto. O diretor Michael Apted segue na função, com o diretor dos dois primeiros filmes, Andrew Adamson, agora na produção.

Crítica: Transformers 2: A Vingança dos Derrotados



Crítica feita por: Marcelo Hessel - www.omelete.com.br

Por um momento, por alguma razão, chegou-se a pensar que Michael Bay poderia dirigir algo que não fosse um típico filme de Michael Bay. Transformers: A Vingança dos Derrotados traz todo mundo de volta à realidade, na base da porrada. Com cinco minutos de filme já dá pra lembrar da inépcia do diretor de Pearl Harbor, A Ilha, Armageddon e do primeiro Transformers.

Primeiro, quando a narração de Optimus Prime reitera tudo aquilo que já está dito na imagem: os Autobots colaboram com o exército dos EUA em regime de sigilo para impedir que os Decepticons voltem a ameaçar o planeta. Logo em seguida, revemos Sam (Shia LaBeouf), prestes a entrar na faculdade, prestando juras de amor a Mikaela (Megan Fox) - a câmera de Bay circulando o casal em traveling, vai e volta, close-up e música melosa, como se já fosse o clímax dramático do filme.

O fato é que Bay filma tudo como se fosse clímax, ao longo de 2 horas e 27 minutos de projeção.

Os cacoetes estão todos lá: o herói acenando para um jato em câmera lenta, a donzela em contraluz, a propaganda patriótica do arsenal do exército. Problemas do roteiro do primeiro filme, como as subtramas desconectadas (tinha os hackers e o ministro, tinha Sam, tinha os militares etc.), são remendados da pior forma: colocando todos os personagens numa trama só. Portanto, espere ver os parentes todos de Sam correndo das explosões em slo-mo. É a famosa "diversão para toda a família".

Adicione aí mais uma dezena de robôs e... Bem, não dá pra dizer que os excessos de Transformers 2 são uma surpresa. De Michael Bay não se esperaria diferente. Ao fim da sessão para a impresa, o editor do Omelete Érico Borgo resumiu bem: "Parece que fui estuprado por um robô". Um, não, vários. É o robot gang rape.

O que não deixa de ser interessante para apreciadores do trash e masoquistas em geral. A falta de autocrítica (ou de noção mesmo) dos envolvidos chega a ser encantadora. Num plano, por exemplo, os carros estão atravessando um deserto. No seguinte, a paisagem já muda para cabras e mato rasteiro. Corta, e eles voltam para o deserto. Corta, e eles voltam para o cenário do mato ralo. Por muito menos Ed Wood foi eleito o pior cineasta de todos os tempos.

Continuidade pra quê, afinal? O desapego que Michael Bay tem com qualquer convenção cinematográfica (ou geográfica) que não sejam as suas próprias, trabalhado ao longo de uma uníssona carreira, alcança seu ápice aqui. Lá pelo meio do filme, quando John Turturro já mostrou a bunda e conversou em árabe com o Umpa Lumpa da Fábrica de Chocolate, chego a cogitar que Transformers 2 alcançou uma espécie de perfeição farrelliana, uma epifania do banal, onde tudo trabalha a favor da transgressão da forma e do conteúdo.

Seria genial se fosse uma transgressão consciente, o que não parece ser o caso.